sábado, 20 de janeiro de 2007

A little (and beautiful) girl.


Era uma vez uma menininha doce e carinhosa que teve uma infância feliz e pais amorosos e esclarecidos que lhe proporcionaram mais do que uma boa educação. Ensinaram-lhe valores universais. Em seu caminho para a vida adulta, a menininha idealizou uma vida baseada em tais valores.Procurou rodear-se de pessoas cujos valores eram tais quais os seus. Mas o MUNDO e até mesmo algumas pessoas, não comungavam de seus valores e, quem sabe para o seu próprio crescimento, a menina,que aos poucos foi se tornando uma mulher, conheceu o contrário: a ira, a maldade, a ingratidão, a inveja, a maledicência, a cobiça e a deserção. Ficou chocada, triste e sofreu longos anos pela triste visão ao seu redor. Tentaram fazê-la ver que tudo aquilo em que acreditava era uma grande mentira. Até que numa linda primavera, a menina já crescida e angustiada com aquela inversão de valores, conheceu um gigante.E ele lhe disse que estava ali para reavivar todas as mais remotas lembranças do que lhe fora ensinado na infância. E através de seu exemplo e de tantas conversas, ela percebeu o que era veneno e o que era água cristalina, soube o que era o amor maior, aprendeu que algumas almas vivem em deserto árido por toda uma vida e entendeu porque o mar existe para os grandes navios e as pequenas embarcações. Antes de partir para a terra onde vivem os gigantes, ele lhe disse:

- "Não te esqueças de quem és e não deixes que te ceguem e te apequenem porque és Grande e porque consegues enxergar o mundo ao teu redor sem leviandade ou estupidez".

A menininha, sozinha, crescida e transformada, voltou para a vida e, com o passar do tempo, foi deixando para trás tudo que era penoso e esmagador. Reteve para si o que o mundo lhe deu como essencial e o resto deixou degenerar não sem pena ou arrependimento. Esquivou-se pouco a pouco das almas secas e inaptas ao entendimento e ao calor. Esteve só...talvez ainda esteja. Segue sua caminhada em direção ao horizonte e ainda não descobriu que a sabedoria lhe chegará quando não houver mais arroubos e arrebatamentos. Encontrei-a ontem, ao olhar para o espelho, e ela me disse que deixou de desejar as estrelas. Contenta-se em poder vê-las brilhar... ☆☆☆

Um comentário:

Anônimo disse...
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