quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010


É isso. Pule no tal abismo quando seu coração bater tão forte que só te restará pular. Você só vai saber se fez a coisa certa, fazendo-a. Só se pode falar do que se conhece e não há como conhecer pela superfície, é preciso tocar verdadeiramente nas coisas e, então, se deixar ser tocado por elas. O importante é lembrar que a escolha é sempre nossa e que no momento em que tudo nos foge ao controle é porque chegamos na parte mais importante do aprendizado. Que o medo não tenha tanto poder sobre nós... E que não fiquemos condicionados por experiências anteriores -- há sempre uma oportunidade de surpresa, mas teremos que estar abertos a isso. NADA É TÃO DEFINITIVO...

Que nada nos limite. Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

sobre o amor


Menina-moça, tentaram me fazer acreditar que o amor não existe e que sonhos estão fora de moda. Cavaram um buraco bem fundo e tentaram enterrar todos os meus desejos, um a um, como fizeram com os deles. Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim. A manter meu buquê de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes. Porque aprendi com a Dona Chica, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo. Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parado. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim. O destino da felicidade, me foi traçado no berço.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Deu liga, deu nó.


Você não disse nada, apenas me pegou pelas mãos, esse seu modo delicado de pegar.Destino? Fechei os olhos e quando abri já estava no meio de você.Fez sentido. Estrategiou até rasgar a capa dura, escura do meu peito e roubar meu único batimento. Aproveitou a ferida aberta para me conhecer melhor, aceitou, beijou a carne viva e disse que eu era linda assim mesmo. Então costurou o passado com as linhas vermelhas e algumas lágrimas. Fez história, cantou cantiga de ninar, deu vinho na boca e me levou pra dançar. Dancei. E deu liga. Deu nó.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

sopra...


Que os ventos levem pra bem longe tudo aquilo que possa me ferir. Tudo aquilo que me machuca, há tempos, e eu não tinha coragem de lavar. Mas hoje é dia de faxina, os entulhos e sujeiras, a gente sempre deixa do lado de fora. E deixa o vento soprar.