segunda-feira, 14 de setembro de 2009

De volta ao Dharma!


Opte por aquilo que faz o seu coração vibrar.
Opte por aquilo que gostaria de fazer,
apesar de todas as consequências.

Osho.

sábado, 5 de setembro de 2009

Assim falou Flávio Gikovate:

A escolha amorosa adequada se faz quando o outro nos desperta o amor, a amizade e o interesse sexual. A essa condição tenho chamado de +amor, mais do que amor. Amigos são escolhidos de modo sofisticado e de acordo com afinidades de caráter, temperamento, interesses e projetos de vida (falo dos poucos amigos íntimos e não dos inúmeros conhecidos que temos). A escolha amorosa deverá seguir os mesmos critérios, sendo que a escolha depende também de um ingrediente desconhecido e indecifrável - porque escolhemos esse e não aquele parceiro?
O medo relacionado com o encantamento amoroso é que determina o estado que chamamos de paixão: paixão é amor mais medo! Temos medo de perder aquela pessoa tão especial e do sofrimento que, nessa condição, teríamos. Temos medo de nos aproximarmos muito dela e de nos diluirmos e nos perdermos de nós mesmos em virtude de seus encantos. Temos enorme medo da felicidade, já que em todos nós os momentos extraordinários se associam imediatamente à sensação de que alguma tragédia irá nos alcançar - o que, felizmente, corresponde a uma fobia, ou seja, um medo sem fundamento real. As fobias existem em função de condicionamentos passados e devem ser enfrentadas de modo respeitoso mas determinado. Para ser feliz no amor é preciso ter coragem e enfrentar o medo que a ele se associa. Esse é um exemplo da utilidade prática do conhecimento: ao sabermos que o amor - aquele de boa qualidade, que determina a tendência para a fusão e provoca a enorme sensação de felicidade - sempre vem associado ao medo, não devemos nos sentir fracos e anormais por nos sentirmos assim. Ao mesmo tempo, devemos adquirir os meios para, aos poucos, ir ganhando terreno sobre os medos e agravando a intimidade com aquela pessoa que tanto nos encantou.
Quando o medo se atenua, desaparece a paixão. Isso não deve ser entendido como o enfraquecimento ou o fim do sentimento amoroso pleno. Sobrou "apenas" o amor. O que acaba é o tormento, o "filme de suspense". Fica claro que a coragem é requisito básico para a vitória sobre o medo e a realização do encontro amoroso. Quando o medo se atenua costuma aumentar o desejo sexual. Se o parceiro escolhido for também um amigo não faltarão ingredientes para a perpetuação do encantamento. Desaparece o medo mas não desaparecerá o encantamento, a menos que a única coisa interessante fosse o "filme de suspense" - e se for esse o caso é melhor que o relacionamento termine aí. No +amor assim constituído, o encantamento só desaparecerá se desaparecer a admiração.
A maturidade emocional que se caracteriza pela capacidade de suportarmos bem as dores da vida é requisito indispensável para a felicidade amorosa.
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Semelhante atrai semelhante


Somente uma pessoa amorosa pode encontrar o companheiro certo. Esta é a minha observação: se você é infeliz, encontrará alguém que também é infeliz. Pessoas infelizes são atraídas por pessoas infelizes. E isso é bom, é natural. É bom que as pessoas infelizes não se atraiam por pessoas felizes; caso contrário iriam destruir sua felicidade. É perfeitamente certo. Somente pessoas felizes se atraem por pessoas felizes. O igual atrai o igual. Pessoas inteligentes são atraídas por pessoas inteligentes; pessoas estúpidas são atraídas por pessoas estúpidas. Você conhece pessoas do mesmo plano.
Então, a primeira coisa a lembrar é: um relacionamento está destinado a ser amargo quando nasce da infelicidade. Seja primeiro feliz, alegre, celebrante, e então você encontrará uma outra alma celebrante, e aí será um encontro de duas almas dançantes e uma gde dança nascerá dali. Não peça por um relacionamento a partir da solidão, não. Dessa forma você estará se movendo na direção errada. Desse jeito o outro será utilizado como um meio e o outro utilizará você como um meio. E ninguém quer ser usado como um meio! Cada indivíduo é um fim em si mesmo. É imoral utilizar qquer pessoa como um meio. Primeiro aprenda a ser sozinho. A meditação é um meio de ficar sozinho. Se você consegue ser feliz enquanto está sozinho, você aprendeu o segredo de ser feliz. Agora você pode ser feliz com alguém. Se você é feliz, então tem algo a compartilhar, a dar. E quando você dá, você ganha; e não o contrário. Então, nasce um desejo de amar alguém. Ordinariamente, a necessidade é a de ser amado por alguém. É uma necessidade errada. É uma necessidade infantil; você não é maduro. É uma atitude de criança.
Uma criança nasce. É claro, a criança não pode amar a mãe; ela não sabe ainda o que é o amor e ela não sabe quem é a mãe e quem é o pai. Ela é totalmente impotente. O seu ser ainda precisa ser integrado. Ela não é um inteiro; não está junta ainda. Ela é somente uma possibilidade. A mãe precisa amar, o pai precisa amar, a família precisa regar a criança com amor. Dessa forma ela aprende uma coisa: todo mundo tem que amá-la. Ela nunca aprende que ela tem que amar. Então a criança irá crescer, e se ela permanecer presa a essa atitude de que todo mundo tem que amá-la, ela irá sofrer por toda a vida. O seu corpo terá crescido, mas a sua mente terá permanecido imatura. Uma pessoa amadurecida é aquela que conhece a outra necessidade: a de que agora eu tenho que amar alguém. A necessidade de ser amado é infantil, imatura. A necessidade de amar é madura. E qdo você está pronto para amar alguém, um belo relacionamento irá crescer daí, de outra maneira, não.
“É possível que duas pessoas em um relacionamento sejam más uma com a outra?” Sim, isso é o que está acontecendo no mundo todo. Ser bom é muito difícil. Você não é bom nem consigo mesmo. Como você pode ser bom para outra pessoa? Você sequer ama a si mesmo! Como poderá amar alguém? Ame a si mesmo, seja bom para consigo. Os seus chamados santos religiosos têm ensinado que nunca se deve amar a si, nunca ser bom para si mesmo. Seja duro com você! Eles têm ensinado que você deve ser agradável com os outros e duro consigo. Isso é absurdo. Eu ensino que a primeira e mais importante coisa a fazer é ser amoroso com você mesmo. Não seja duro; seja suave. Preocupe-se consigo. Aprenda a se perdoar – mais e mais e mais uma vez – sete vezes, setenta e sete vezes, setecentas e setenta e sete vezes. Aprenda como se perdoar. Não seja duro; não seja hostil em relação a si mesmo. E então você irá florescer. Nesse florescimento você irá atrair uma outra flor. Isso é natural, Pedras atraem pedras; flores atraem flores. Então haverá um relacionamento em que há graça, há beleza, em que há uma benção. Se você conseguir encontrar um relacionamento assim, o seu relacionamento crescerá em uma prece; o seu amor se tornará um êxtase e pelo amor você saberá o que é o divino.

OSHO