segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

A Rosa.


Foi o tempo que perdeste com tua rosa,que fez tua rosa tão importante...


E, quando regou pela última vez a flor, e se dispunha a colocá-la sob a redoma, percebeu que estava com vontade de chorar.
- Adeus, disse ele à flor.
Mas a flor não respondeu.
- Adeus, repetiu ele.
A flor tossiu. Mas não era por causa do resfriado.
- Eu fui uma tola, disse,por fim. Peço-te perdão. Trata de ser feliz!
A ausência de censuras o surpreendeu. Ficou parado, inteiramente sem jeito, com a redoma no ar. Não podia compreender essa calma e doçura.
- É claro que eu te amo, disse-lhe a flor. Foi por minha culpa que não soubeste de nada. Isso não tem importância. Foste tão tolo quanto eu. Trata de ser feliz... Mas pode deixar em paz a redoma. Não preciso mais dela.
- Mas o vento...- indagou o príncipe.
- Não estou assim tão resfriada... O ar fresco da noite me fará bem. Eu sou uma flor.
- Mas os bichos...- insistiu ele.
- É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas! Do contrário, quem virá visitar-me? Tu estarás longe... Quanto aos bichos grandes, não tenho medo deles. Eu tenho as minhas garras.
E ela mostrava ingenuamente seus quatro espinhos. Em seguida acrescentou:
- Não demores assim, que é exasperante. Tu decidiste partir. Vai-te embora!
Pois ela não queria que ele a visse chorar. Era uma flor muito orgulhosa...

***

Pôr do Sol


Um dia eu vi o Sol se pôr quarenta e três vezes! - disse o principezinho.

E um pouco mais tarde acrescentaste:

- Quando a gente está triste demais, gosta do pôr-do-sol...

- Estavas tão triste assim no dia dos quarenta e três?- perguntei.

Mas o principezinho não respondeu.
***

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

amo tanto!



Ela me faz tão bem,ela me faz tão bem...

que eu também quero fazer isso por ela!!!
*Dindinha te ama tanto que até dói...

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Ela


Ela é um lívro místico.
E somente a um à que tal graça
se consente,é dado lê-la.
***

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

medo.



Ela teve medo que ele corresse perigo. Muito medo. “O medo corta a vida”, diria Rubem Alves. E se não foi bem assim que ele disse era assim que ela se lembrava.
Lembrava também que animais não sentem medo, vivem um momento de cada vez, não pensam sobre o futuro e quando o futuro não importa, quando não há sonhos ou histórias para viver, então o medo também não tem razão de ser.
Dizem que o medo até preserva a vida (do corpo), mas para a vida do amor o medo é inútil. Pena que, mesmo sabendo de tudo, o medo estava fazendo parte dela naquele instante. Não medo de perdê-lo, mas medo de que ele perdesse algo de valor por causa dela. Ele não a culparia, mas ela sim. Então chorou. Chorou lágrima pura e transparente e mesmo sem ver ele sentiu. Estavam tão longe, tão longe que o encontro era só através de algumas imagens. Pela imagem em conjunção com as palavras ele teve certeza que ela chorava. Ele não conseguia ver as lágrimas caindo como rios pela face dela, afinal lágrimas não tem cor, entretanto ele podia olhar o semblante dela de sorriso e alívio, por vê-lo fora de perigo, e junto com essa alegria muitas lágrimas e a expressão de quem chora rindo, mais pela explosão de emoções sentidas no curto espaço de tempo do que por tristeza. Ele estava fora de perigo, ela podia sorrir e ver que o rosto dele também tinha um semblante parecido que era a miscigenação da felicidade, infelicidade e angústia. Felicidade de vê-la, infelicidade por estar tão longe. Angústia por vê-la chorando e não poder tocá-la ou enxugar seu rosto. De fato não a via, ela não era só aquela imagem, mas além das palavras, a imagem era tudo que ele tinha,por isso gravava cada uma na alma,como fotos para que pudesse olhar sempre e recordar-se de como eram os traços de seu rosto, o brilho de seu olhar, o sorriso na sua boca... Lembrar que ela sentira medo, e esse medo que cortava a vida era um medo de quem sentia, mas não de quem sentia somente medo. Porque se animais não sentem medo não é só porque não sonham, não é só porque não tem perspectiva de tempo ou de futuro, talvez seja porque não sentem como sentimos, nem amem da forma que somos capazes de amar. (Aline)

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Sartre


Entre as muitas coisas profundas que Jean Paul Sartre disse, essa é a que mais amo:
“Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.“
Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você? Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim!

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